sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Amargo

O vento me invade, me dividindo e levando com ele meu último sorriso.
Eu amanheci vigiando o céu, caçando pirilampos, clamando luz
Sem lagrimas, só o silêncio gritante
Sussurrando tão alto e ecoando em mim.

Caminho deixando, perdendo pedaços
que um dia pareceram ser tão importantes
passado nítido e palpável, é calor, luz, energia
pisando nos pedaços da minha alma,
tendo cuidado para não perder o equilíbrio
escorrego, caio e me arrasto mas continuo respirando
desejando tocar o céu e assim como Capei vou ser Lua

Meus olhos se adaptam a escuridão,
lutam contra a ilusão
De uma maneira estranha me sinto melhor
ao sangrar escondido
Teto estilhaçado, chão desmoronando e o peso das paredes
o peso desse lugar.

16/09

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